
A escola que procuramos.
Muito se fala ,pouco se decide sobre qual seria a escola ideal para os jovens que frequentam a escola pública,onde se entra por querer, sem querer, apesar de não querer.
Há jovens interessados em sua formação. Há jovens nem tão interessados assim e outros que estão ali por imposição.
O foco do momento é a diversidade. E diversidade é o que mais se vê numa escola pública:alunos com família, sem família, com liberdade assistida, mães aos 13 anos,alcoólicos, adictos,com emprego,desempregado,com passe de ônibus, com boas solas de sapato pra andarem vários quilômetros.....diversidade é o que não falta!
Se pensarmos que a escola pública pressupõe o direito à educação,independente de cor, raça,religião,classe social,capacidade intelectual,porque isso vai refletir no futuro numa sociedade mais justa, não teria tanta importância enaltecer resultados externos, porque N fatores interferem nesses resultados,pelo menos nesse mostrado pela mídia.
É injusto comparar a nota de uma escola pública, cuja clientela,em sua grande maioria estuda e trabalha, tendo sobre si o encargo de ajudar no sustento do lar e o de uma outra, onde os alunos têm todos os recursos à disposição,sem a necessidade de se preocuparem se no final do mês conseguirão, pelo menos , frequentar as aulas por falta do passe escolar.
A escola deve se relacionar à cultura dos alunos e levar em conta suas experiências.Por que, então, crucificá-la e, de carona, seus professores?
São realidades diferentes: a da escola pública é muito mais sofrida que a da particular.Aquela tem que convencer seus alunos dos benefícios da educação a médio e longo prazo, esta já recebe os alunos convencidos disso.
Uma análise mais justa seria analisar o quanto o aluno se desenvolveu durante sua estadia na escola, se ele amadureceu,se tem uma conduta honesta, se ele assimilou valores essenciais à sociedade,se ele aprendeu a respeitar o meio-ambiente,se ele se importa com o ser humano que está sentado a seu lado...o resto é comércio...puro comércio!