sexta-feira, 26 de março de 2010

"É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE QUEBRAR UM PRECONCEITO."

Einstein disse isso.. E ele estava muito certo.

Desde o início de nossas HTPCs estamos refletindo em cima de alguns textos escritos por alguns autores da atualidade. E esses textos sempre abordam o fato de a escola pública ser eminentemente inclusiva, não seletiva, que nossos alunos ( normalmente mais pobres que os das escolas particulares)precisam ser olhados com olhos de ver e com ouvidos de escutar.Mas como é difícil angariar adeptos dessa linha. Vejo um furor no rosto de alguns colegas que defendem veementemente a reprovação, que a escola pública nunca terá jeito porque é uma grande mãe – acolhe a todos e quer adoçar a todos.
Mesmo nunca tendo sido excluída da escola (pública) em que eu estudava, nem sofrido nenhum tipo de “apartheid”social, jamais me fechei no egocentrismo vingativo e me considerei melhor que alguém.

Alguns professores querem alunos todos iguais: brancos, cabelos lisos e claros, que tenham família bem constituída, que leiam em casa, não assistam BBB, tenham sonhos de se tornarem vitoriosos na vida social, profissional e afetiva.
Que bom seria se o Brasil fosse assim!Se os alunos das escolas públicas fossem assim. O drama é lidar com as múltiplas escolhas! O drama é lidar com a sinceridade do corpo do aluno que fala:” que aula chata!; onde eu vou usar isso?; pra que servem essas fórmulas?;pra que eu preciso estudar inglês?”
Imagino que muitos professores não entendam a linguagem do corpo, a linguagem dos olhos, a linguagem dos gestos, daí serem tão preconceituosos. Se há uma coisa que devemos, na nossa profissão, defender é o respeito às diferenças, a despeito do cansaço, da preguiça, da falta de tempo.Espero que um dia todos descubram a verdade e que entendam que a educação não é um blefe. Pelo menos se nós não a considerarmos assim!

Um comentário:

  1. Vera, concordo com você e acrescento que também estudei em escola pública e acredito nela. Tenho esperança de ver uma grande mudança nessas cabeças que ainda pensam como se estivessem no século XIII. Nós estamos no século XXI , o século do conhecimento, e sabemos que todas as pessoas têm capacidade de aprender, o que varia nelas ( e em todos nós) é tempo que cada uma aprende, portanto somos diferentes e por isso precisamos respeitar as diferenças de nossos alunos. Afinal eles são a razão de nossa existência como professores.
    bjs
    Nelsi

    ResponderExcluir