sábado, 31 de janeiro de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

NEUTRALIDADE OU IMPESSOALIDADE?


Um médico, ao cometer um erro, mata um paciente. Um professor mata 40 de uma vez!

Esse assunto de extrema importância foi muito bem discutido pelo professor fernando no

BLOGUETANDO EDUCAÇÃO http://bloguetando.blogspot.com

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

CAPITÃES DA AREIA


Agora a leitura de Capitães da Areia do mestre Jorge Amado foi incluído na lista de leituras obrigatórias.Já era sem tempo se levarmos em conta que a violência é tema debatido e até desgastado na realidade.

Fátima Rodrigues elaborou um planejamento de estudo para a obra em questão.Confira:


Objetivos
1) Ler e analisar "Capitães da Areia" de Jorge Amado;
2) Relacionar fatos atuais (como crianças de rua, violência urbana, etc.) com as situações retratadas na obra literária;
3) Analisar e interpretar os seguintes aspectos da obra:
caracterização física e psicológica das personagens;
determinação de tempo e espaço narrativos;
identificação das características da linguagem jornalística empregada na primeira parte da obra.
Estratégias
1) Realizar pesquisa histórica destacando as décadas de 1930 e 1940 no Brasil;
2) Propor a realização de debate com a participação de toda a classe, relacionando fatos históricos com aspectos da obra;>br>
3) Criar um painel relacionando fatos jornalísticos encontrados na obra com notícias atuais;
4) Realizar um seminário em que a classe, divida em grupos de dois a quatro alunos, apresente o perfil das seguintes personagens: Dora, Gato, Dalva, Pirulito, Professor, Volta-Seca, Pedro Bala, Sem-Pernas, Don'Aninha, João de Adão, João Grande, Querido de Deus e Padre João Pedro.
Comentários e sugestões
Esta atividade ganha maior interesse se for desenvolvida com em conjunto com o professor de História. Para a realização da pesquisa histórica, o professor pode dividir o conteúdo em tópicos, encarregando cada tema a um grupo de alunos. Algumas sugestões de pesquisas:
Estado Novo (1937-1945);
A política getulista;
As epidemias (no período histórico e retratadas na obra);
Escritores socialistas da época.
Resumo da obra
A história de passa nas ruas e nas areias de Salvador, na Bahia, com um grupo de meninos abandonados. O líder desses garotos, Pedro Bala, conhece como ninguém os meandros da cidade, suas armadilhas e atalhos. O bando é agressivo com os adultos (com a sociedade), e passa os dias mendigando, fumando bitucas de cigarro ou chamando a atenção dos transeuntes com palavrões. Os garotos praticam pequenos furtos para poder sobreviver e acabam tornando-se um problema policial notório. No entanto, nem todos os adultos estão contra o bando. Alguns são aliados dos garotos, como o padre João Pedro e Don'Aninha, que é mãe-de-santo, o pescador Querido-de-Deus e o estivador João-de-Adão. A história das agruras, da luta pela sobrevivência, da amizade e dos desafios enfrentados por esses meninos torna "Capitães de Areia" uma viagem a um universo impactante, em que os sentimentos são ao mesmo tempo cruéis e delicados.




*Fátima Rodrigues é professora de língua portuguesa.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

BLOG E SALA DE AULA

Cada vez mais se fala em utilizar a internet em sala de aula. Mas muitos professores ainda se perguntam: Como?


O BLOG vai ganhando terreno pela simplicidade e facilidade de manejo.


Na semana passada o assunto foi discutido no CAMPUS PARTY.


Acesse o link e tire suas conclusões.




sábado, 24 de janeiro de 2009

INTERNET E SALA DE AULA


..............muito tem-se falado e discutido a esse respeito.

Aproveitando o assunto abordado por Pretsky,nativos digitais x imigrantes digitais, voltemos ao assunto, aproveitando um artigo excelente publicado no JORNAL VIRTUAL PROFISSÃO MESTRE, que eu aconselho todo mundo a assinar. É grátis ( isso é de extrema importância para nós, professores) e indispensável.

Vamos lá:

Como utilizar essa ferramenta de forma didático-pedagógica?A tecnologia é um meio e não um fim. Ou seja, os recursos tecnológicos complementam todas as ações que já realizamos na escola, desde os livros, vídeos, feiras de ciências, teatros e tudo mais.O essencial é perceber, com bom senso, o que é mais adequado para o momento atentando-se ao perfil e necessidades pedagógicas da turma, conteúdo a ser trabalhado, tempo disponível e aplicabilidade.
Tecnologia pressupõe planejamento. Nada de simplesmente ir ao laboratório e sugerir uma pesquisa livre. Isto é absolutamente improdutivo e perigoso. Você nunca sabe o que pode vir (experimente digitar “cavalo” num buscador de imagens e aterrorize-se!). O uso do laboratório de informática, seja para uso da Internet, softwares educativos ou aplicativos, deve ser oriundo de um conteúdo acadêmico. A aula nasce para atender um objetivo pedagógico e utiliza-se de alguns recursos educacionais, entre eles, os tecnológicos. Logo. o conteúdo é apresentado em sala de aula e ampliado no laboratório ou vice-versa – e o principal são os objetivos pedagógicos a serem atingidos.
Se realmente quiser propor aos alunos uma pesquisa, delimite a busca, indicando pelo menos cinco sites. Será produtivo e seguro para você e o grupo. Cada vez que realizar uma atividade pedagógica virtual, registre no caderno dos alunos. Exemplo: o conteúdo “Célula” da unidade 1 foi abordado no site http://www.talecoisa.com.br/ no laboratório de informática.
Permita que os trabalhos dos alunos sejam apresentados em sites ou blogs. Há ainda as webquests, uma metodologia específica para trabalho pedagógico na web. Você também pode pesquisar lista de fóruns e debates onde se discutem assuntos de seu interesse, inclusive os acadêmicos – um número enorme de professores se interessa em contribuir e trocar experiências entre docentes. Ainda existe a possibilidade de se desenvolver uma atividade colaborativa, envolvendo grupos de outras escolas e cidades. Seja imigrante neste maravilhoso mundo virtual e faça parte da realidade do seu estudante.



Danielle Lourenço é pedagoga e consultora em Tecnologia Responsável. Para saber mais: http://www.daniellelourenco.com.br/ ou entre em contato pelo e-mail dani@daniellelurenco.com.br


Bom final de semana.


Priscila Contepriscila.conte@humanaeditorial.com.br ( editora do jornal virtual - ela me autorizou a fazer as publicações do jornal neste blog)
Para saber muito mais acesse: http://www.profissaomestre.com.br/

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

NATIVOS DIGITAIS X IMIGRANTES DIGITAIS

Os nativos digitais se criaram com a TV ligada e um controle remoto na mão, o computador também. O sotaque dos imigrantes digitais se percebe de formas diversas. Ao imprimir o e-mail, por exemplo.

Marc Prensky tem uma idéia original: ele divide o mundo entre “nativos digitais” e “imigrantes digitais”. É uma metáfora excelente. Tem aquele sujeito que nasceu e passou boa parte da vida num país, aí migra para o outro. Por mais anos que viva na pátria adotada, sempre terá, bem lá no fundo, talvez até um quê envergonhado, seu sotaque. Já o nativo, não. Aquele mundo, aquela língua, lhe são naturais – nem pisca.Acontece da mesma forma no mundo digital. Há quem se educou dentro dele – a turma que está saindo das faculdades agora é a dos mais velhos – e há os imigrantes. Alguns imigrantes são bastante hábeis, se enturmaram na nova terra, sentem-se bem-vindos e em casa. Mas são imigrantes, vieram de outro mundo.

Não deixem de ler essa excelente reportagem de Pedro Doria no link:

http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=6169

VESTIBULAR 2010:FUVEST E UNICAMP DIVULGAM LISTA DE OBRAS LITERÁRIAS OBRIGATÓRIAS


O Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo aprovou a lista de leituras obrigatórias válidas para o vestibular 2010. Os livros valem também para o vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Entre a lista de nove títulos, três são novidades aos vestibulandos.

Veja abaixo quais livros serão cobrados. As novidades aparecem com ***
- “Auto da barca do inferno” - Gil Vicente

-“Memórias de um Sargento de Milícias” - Manuel Antônio de Almeida

- “Iracema” - José de Alencar

- “Dom Casmurro” - Machado de Assis

- “O cortiço” - Aluísio Azevedo ***

- “A Cidade e as Serras’ - Eça de Queirós

- “Vidas Secas” - Graciliano Ramos

- Capitães da Areia” – Jorge Amado ***

- "Antologia poética” (com base na 2ª ed. aumentada) – Vinícius de Moraes ***

DÚVIDAS COM A NOVA ORTOGRAFIA?



Informação nunca é demais!!

Um site que corrige automaticamente a sua escrita de acordo com as novas regras ortográficas.

Nestes tempos de mudanças ortográficas, sempre temos dúvidas. Para quem quer uma resposta rápida, uma ótima dica é este site em que você digita a frase e ele responde com as novas regras em vigor:


exemplo: "As conseqüências do anti-semitismo são desastrosas, uma péssima idéia",

o site retornou: "As consequências do antissemitismo são desastrosas, uma péssima ideia".

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A INVENÇÃO DA INFÂNCIA


Ser criança não deveria ser privilégio, deveria ser direito adquirido.


Nesse Brasil, de tantas diversidades, vemos que esse direito está muito longe de ser uma realidade.


Embora ainda estejamos em período de férias, querendo descansar a cabeça dos problemas que, certamente, nos aguardam no retorno das aulas, podemos dedicar alguns minutos para refletir sobre algumas misérias que ainda pontuam nossa sociedade.


"A INVENÇÃO DA INFÂNCIA" propicia essa reflexão:




NOTÍCIA BOA PARA PROFESSORES:


USP, Unesp e Unicamp iniciarão pós a distância para professor em agosto .


Saiba tudo clicando em:






domingo, 18 de janeiro de 2009

APRENDENDO SEMPRE!


Convido os amigos a visitarem o site www.yappr.com. Nele vocês podem praticar e aprender Inglês, enquanto se divertem. yappr.com tem curtos e divertidos vídeo- clipes em Inglês com muitas ferramentas para torná-los mais fáceis de usar como conteúdo para aprender essa língua . Cada vídeo tem legendas em Inglês, legendas em português, a habilidade de facilmente repetir cada frase, e ainda tem uma segunda gravação de áudio pronunciado devagar e com clareza.. Estas ferramentas tornam compreensíveis os conteúdos para estudantes de nível intermediário ou principiantes e ajudam muito para o desenvolvimento do listening e do reading. Todos os dias novos vídeos são colocados no site, eles podem ser vídeos de música contemporânea, eventos atuais e de moda, desenhos animados, propaganda e muito mais. Visitem, revisem, eu recomendo! Acredito que yappr.com é de grande interesse para todos que querem aprender Inglês de forma lúdica, esquecendo-se do " the book is on the table"!!!!.

sábado, 17 de janeiro de 2009

WEBQUEST- o lado bom da WEB na educação


Gustavo Rodrigues

O conceito é relativamente novo, não muito conhecido no Brasil, mas já visto como uma jóia do ensino aliado à tecnologia; uma revolução para as pesquisas escolares, que envolve alunos de todos os níveis da formação educacional. Para quem ainda não conhece, a WebQuest (WQ) é um sistema virtual multidisciplinar que hoje conta com mais de dez mil páginas na Web e propostas de educadores de diversas partes do mundo (EUA, Canadá, Islândia, Austrália, Portugal, Brasil e Holanda, entre outros).Desde que foi criada em 1995 por Bernie Dodge, professor da Universidade Estadual da Califórnia, a WebQuest tem sido utilizada por professores como uma atividade de aprendizagem cooperativa, que aproveita a imensa riqueza de informações da Internet através da investigação orientada. A idéia principal era facilitar a pesquisa dos alunos para que eles produzissem trabalhos escolares sobre qualquer tema. Portanto, se muitos docentes reclamam da prática do “Control C + Control V”, comum entre seus alunos, uma realidade difícil de extinguir, então, a melhor maneira de tirar proveito da situação é direcionar a tão comum pesquisa na internet de forma a engajar os estudantes. A WebQuest apresenta a estrutura para criar o trabalho escolar e ainda apresenta exemplos úteis para professores e estudantes. O site original, em inglês, é http://www.webquest.org. A pequena parcela de professores que utilizam essa ferramenta em suas aulas no Brasil se justifica pela barreira tecnológica imposta quando as WQs primeiro vieram para cá, no ano 2000. Era preciso entender de linguagem html e usar um editor de programação web para se publicar alguma coisa online, no caso a idéia de um trabalho escolar. Hoje, com as facilidades do conceito de Web 2.0, onde tudo pode ser encontrado on-line, inclusive editores específicos para WQs, o número de adeptos tende a aumentar. Além disso, uma página na net pode ser criada utilizando programas como Word, Powerpoint e até mesmo Excel, contanto que os documentos sejam criados com hyperlinks. O professor Vicente Cândido, ministrante de cursos do Sinpro - Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, que começou a atuar em educação e tecnologia em 1994 e pesquisa a metodologia do WebQuest desde 2000, sugere que a melhor opção para criação de uma WB é usar o PowerPoint e gerar um arquivo ".pps". Para publicá-la, não é preciso servidor disponível na escola, basta se cadastrar num site como o www.zunal.com. O mais comum são professores optando por fazer uso de WQs já existentes, desde que mantendo os créditos de quem a criou. “Geralmente, um bom projeto de WQ inicia-se com base em uma WQ já publicada. Porém, todo professor sente a necessidade de adaptá-la à sua prática, à sua realidade e a de seus alunos. Assim, naturalmente vai criando a sua mesmo sem perceber”, observa. Pesquisa orientadaPeguemos como exemplo uma WQ sobre animais, onde cada um dos quatro alunos do grupo pesquisa sobre um inseto específico. Após um período de buscas e pesquisa sobre o assunto, chega o momento de trocar informações e cruzar dados em sala. Segundo o professor Carlos Seabra, ex-coordenador do projeto WebQuest na Escola do Futuro da USP, o que diferencia uma WQ boa de uma ruim é o que também diferencia uma aula boa de uma ruim. A boa engaja aluno com prazer e dedicação. O professor faz de forma mais ampla, para juntar fatos e relacionar o aprendizado à pesquisa. Motiva o aluno a aprender e a desenvolver habilidades de pesquisa. Inclusão tecnológicaEscolas que não oferecem acesso a computadores para alunos poderiam optar em montar o “PaperQuest”. Essa é uma alternativa na qual os alunos montam um jornal sobre determinado assunto a partir de pesquisa de conteúdos em outras fontes. “O interessante são atividades que articulem a criação de projetos”, afirma Seabra. Mas como o momento é o de apropriação de tecnologia, o PQ iria contra o conceito criado em 1995 por Bernie Dodge. Para Carlos, nenhuma escola hoje pode ficar sem computadores e acesso à internet. Acredita ser uma questão de tempo até que todo mundo esteja conectado, e cita o exemplo da televisão. “No início, poucos contavam com esse recurso tecnológico. Hoje, os aparelhos são encontrados em praticamente toda e qualquer residência brasileira.” O formatoA WebQuest é concebida e construída segundo uma estrutura lógica que contém os seguintes elementos estruturais: introdução, tarefa, processo, recursos, orientações, avaliação e conclusão. Não há conduta básica, mas são as propostas de trabalho que engajam os alunos nas tramas do aprender e dão alma à WQ. Um dos princípios do modelo é o de que as situações de aprendizagem precisam favorecer contatos dos alunos com materiais autênticos. Ou seja, é preciso fazer com que eles trabalhem com as fontes de informação comuns de nosso cotidiano (artigos, revistas, relatórios, sites da Web etc.). “Existem diversas formas para se concluir uma WQ: podemos solicitar desde uma simples apresentação através de um cartaz, uma apresentação em PowerPoint, vídeo, representação teatral, etc... depende do entusiasmo do professor e da sua criatividade”, completa Vicente Cândido. Completar on-line também é possível, porém é provável que isso a descaracterize, e a transforme numa “máquina de ensinar”, a não ser que a atividade inclua propositalmente a consulta a um programa de perguntas e respostas.

Acesse o site :http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria.php?cod=3989
e veja todas as coisas boas que tem por lá!

JORNAL VIRTUAL PROFISSÃO MESTRE


JORNAL VIRTUAL PROFISSĂO MESTRE
Profissăo Mestre – Ano 7 Nº 100 – 16/01/2009

JV número 100! Parabéns para a gente!

Aprendizagem sobre o olhar da Psicanálise

Venho discutindo o tema “aprendizagem” já que trabalho com a formação de professores e suas dificuldades em lidar com o processo ensino-aprendizagem e principalmente com o chamado “fracasso escolar” que, muitas vezes, vem sendo usado como uma desculpa, uma forma de dar um “rótulo” para aquilo que não conseguimos nomear.

O interesse sobre o “fracasso escolar” continua me inquietando e me mobilizando a buscar novas perguntas no campo da psicanálise: quem é este meu aluno que não aprende? Como refletir sobre este tema em tempos de mal-estar na educação? Como olhar a educação para além do que estamos vendo? O que poderia ser, para Freud, o processo de aprendizagem? Em outras palavras, o que poderia tornar o conhecimento possível para uma criança?

Para Freud, a paixão pelo saber origina-se da curiosidade infantil sobre sua origem. “Qual é a minha origem em relação ao desejo de vocês?” “Por que me puseram no mundo, para atender a quais expectativas e esperando que eu me torne o quê?” O momento nos remete a fazermos uma auto-análise de quem nós, educadores, somos.

As crianças que vão à escola para aprender a ler e a escrever não parecem denunciar nenhuma dessas preocupações. O chamado “fracasso escolar” estaria ligado a estes porquês?

Aprender é aprender com alguém que será colocado em uma posição de suposto saber. Freud (citado por Kupfer, em Freud e a Educação) nos mostrava: “No decorrer do período de latência, são os professores e geralmente as pessoas que têm a tarefa de educar, que tomarão para a criança o lugar dos pais, do pai em particular, e que herdarão os sentimentos que a criança dirigia a esse último na ocasião do Complexo de Édipo.”

A ênfase freudiana não está concentrada nos conteúdos a serem transmitidos do professor para o aluno, mas no campo que se estabelece entre professor/aluno – transferência é nome dado pela psicanálise a este campo.

A transferência não se dirige à pessoa, mas ao “lugar” que ela ocupa ou ao que ela representa no discurso. Só assim o professor pode tornar-se a figura a quem serão endereçados os interesses dos alunos. A transferência se produz quando o desejo de saber do aluno se liga à pessoa do professor (com seu desejo de ensinar).

O professor precisa despertar o desejo do saber no seu aluno e esse tem sua base na infância. Para que isso aconteça, eu sugiro que o professor se pergunte: “É meu desejo continuar sendo um educador?”

Acredito que uma educação só se torna possível, precisamente, à medida que o adulto revisita a criança que foi um dia para outros. O que se busca quando se quer aprender algo? Só a partir desta pergunta pode-se refletir sobre o que é o processo de ensino-aprendizagem, pois a esse processo depende a razão que motiva a busca de conhecimento. A busca do saber de si mesmo, para que eu possa saber sobre o mundo.

Se existe fracasso no aprender, poderíamos dizer que há fracasso também no ensinar? Estaria o “fracasso escolar” ligado ao medo de perder algo de que a criança não sabe nomear?

Baseando-me na no olhar da Psicanálise, acredito que nosso aluno possa aprender, desde que ele se sinta livre para ser o sujeito que é e não aquele que querem que ele seja.

“Somente alguém que possa sondar as mentes das crianças será capaz de educá-las, e nós, pessoas adultas, não podemos entender as crianças porque não mais entendemos a nossa própria infância. Nossa amnésia infantil prova que nos tornamos estranhos a nossa infância” ( Freud, 1900).

Para Freud, educar era impossível! Por isso estou buscando pesquisar o que está acontecendo entre o mundo e a educação, entre o desejo e o saber; por isso estou construindo um caminho onde educação e Psicanálise possam dialogar ou ao menos se escutar e se olhar neste descompasso em que nos encontramos.

Jane Patrícia Haddad – Pedagoga, psicopedagoga, psicanalista. Consultora educacional, palestrante e escritora. www.janehaddad.com.br

Bom final de semana.


Priscila Conte
priscila.conte@humanaeditorial.com.br

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

QUE TAL UMA VISITA AO MUSEU E VER AS OBRAS EM ALTA DEFINIÇÃO?


MADRI (AFP) - As obras de arte do Museu do Prado de Madri estão pela primeira vez disponíveis na internet em alta resolução, através do programa Google Earth, informaram os divulgadores do projeto.
"Esta novidade tecnológica permite o acesso às obras de todo o mundo e de qualquer lugar do mundo", explicou Miguel Zugaza, diretor do Prado ao apresentar o projeto.
"É a primeira vez que se faz isso no mundo", afirmou o diretor do Google Espanha, Javier Rodríguez Zapatero.
No total, foram disponibilizados 14 quadros da pinacoteca espanhola.
Para visualizar estas obras é preciso procurar o Museu do Prado através do Google Earth e depois clicar no ícone "Obras-primas" para ter acesso aos quadros.
"Uma reprodução digital não pode substituir a obra original, mas permite chegar a detalhes que não seriam vistos apenas com o olho", explicou Zugaza.
O projeto nasceu há dez meses na cabeça de Rivera ao visitar o museu. "Achei que as pessoas não tinham tempo para admirar a obra como desejavam e pensei que faltava algo para completar a visita", contou.
Esta iniciativa poderá ser estendida para outros museus, afirmou Zapatero.

JORNAL VIRTUAL PROFISSÃO MESTRE


Profissao Mestre - Ano 7 Nº 99 - 09/01/2009

Estamos de volta! Como foram as festas? Deu para descansar, tomar sol,
curtir a família, cuidar da casa?

Está na hora de retomar nossas leituras semanais. Começamos bem, com um
texto de Wilson Correia.

Boa leitura.


O rei e a rainha estão nus?

"Pois bem, temos aqui outra tarefa para o educador...: ensinar a trair
racionalmente, em nome da nossa única e verdadeira pertença essencial, a
humana, o que haja de excludente, fechado e maníaco em nossas afiliações
acidentais, por mais confortáveis que estas sejam para os espíritos
acomodados, que não querem mudar de rotinas ou arranjar conflitos" (SAVATER,
O valor de educar, p. 192).

Sabemos a velha história da roupa invisível do rei, o qual, ao vesti-la,
pôs-se a caminhar entre os súditos em pêlo. Esse fato levou uma criança a
acionar o amor à verdade a apontar o dedo: "O rei está nu".
Nosso tempo é outro, mas ainda há reis e rainhas circulando entre nós. Entre
eles estão o rei-professor e a rainha-professora, os quais pensam ter o
suposto direito de vida e morte sobre quem senta na cadeira de aprendente.

Lembro-me de uma professora-rainha diante de um aluno com dificuldade de
aprender, isso na universidade. Essa mestra empregou seu poder verbal para
dizer àquele aluno que ele "faria melhor se fosse vender banana no mercado,
porque ele não servia para o estudo da matéria ministrada por ela". O aluno
ficou arrasado e cometeu o desatino de escolher que a escolha da rainha
prevalecesse sobre ele, pois foi à secretaria da instituição e faz o
trancamento da matrícula.

Presenciei ainda a ação destrutiva de um professor-rei: não conseguindo se
fazer entender por uma turma inteira da educação básica, o docente
desqualificou a todos ao chamá-los de "burros despreparados" e "néscios sem
futuro", os quais "seriam melhor aproveitados como trabalhadores braçais"
(não sei o que pode haver de indigno na profissão dos feirantes, muito menos
na daqueles que enchem nossas mesas de alimentos...). O fato é que também
por conta da fala desse mestre-rei, muitos abandonaram a escola e se
entregaram ao cuidado da própria vida em paragens onde vislumbraram ser
melhor compreendidos e equilibradamente humanizados.
As histórias reais de "pedagogicídio" lembradas anteriormente não são da
época daquele rei denunciado pela criança; estão vivinhos da silva entre
nós.

Precisamos identificá-los bem, tanto para nossa própria defesa quanto para a
prevenção do discentecídio verificado amiúde em nosso sistema formal de
ensino, nos níveis da educação básica e de terceiro grau.
Ademais, a lembrança dessas ocorrências antipedagógicas podem nos levar a
outras reflexões. Por exemplo: o que justifica a existência da escola, do
professor e dos processos de ensino-aprendizagem? De minha parte, creio que
a admissão do "não saber", da "ignorância sadia", que são expressões do "do
desejável sei que não sei", constituem a justificativa para a existência da
instituição de ensino, do profissional da educação e dos atos de aprender e
ensinar. Se todos nascessem sábios iluminados, faria sentido a existência do
aparato educativo mantidos pela sociedade no âmbito da educação formal?

Então, se é a "sábia ignorância" a razão de ser do professor, esse que é
humanamente igual ao estudante, mas epistemologicamente diferente dele por
deter mais experiências com a transmissão, a produção e a aplicação de
conhecimentos, não há porquê continuarmos a aturar os professores-reis e as
professoras-rainhas.

Precisamos dizer a esses equivocados mestres que a roupagem do totalitarismo
pedagógico que vestem e que a capa da tirania epistêmica que ostentam, em
verdade, não lhes protege a vergonha de não dominarem o "como fazer"
(prática) de sua profissão e que isso lhes compromete o "quê" (a teoria) e
coloca abaixo o "para quê" (ética) de sua ocupação.
E se esses pseudo-formadores não têm consciência disso, alguém precisa lhes
dizer: rei e rainha, vossas excelências estão nus.

E, vendo o dedo apontando-lhes o malogro, tomara que tratem de se vestir.
Nossos filhos e filhas que querem aprender e a nação que precisa de homens e
mulheres consistentemente formados para a vida concreta, profissional e
cidadã, agradecem.

Wilson Correia é doutor em Educação pela UNICAMP, professor na Universidade
Federal do Tocantins, Campo Universitário de Arraias, e autor do livro Saber
Ensinar. Contato: wilsoncorreia@uft.edu.br

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

verificação bloblogs

BlogBlogs.Com.Br

ACORDO ORTOGRÁFICO




AQUI VAI UM QUEBRA-GALHOS!









ESTES TAMBÉM FAZEM PARTE!!!!

ESTA É UMA PARTE DO NOSSO TIME:

QUE VENHA 2009


2008 foi um ano muito produtivo em nossa comunidade escolar. Muitas coisas boas aconteceram e foram registradas em seu devido tempo e formaram um"diário de bordo" para professores, alunos, pais e toda comunidade que prestigia a EE BRASIL.

Em 2009, nosso " diário de bordo" será aqui.

Reportaremos todos os encontros pedagógicos, todas as atividades desenvolvidas pelos corpos docente e discente, equipe de gestão, funcionários, enfim, todos que, de uma forma ou outra, fazem parte dessa comunidade.

Sejam todos bem vindos! Que venha 2009 pleno de realizações!