quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CAROS COLEGAS PROFESSORES




Eu reluto diante da ideia de que é preciso ensinar alguém a pensar sobre o que ele lê.Principalmente na escola, nosso dever é estimular a leitura,não apenas dos alunos, mas também dos colegas.Vejo muito as inspetoras de aluno lendo seus romances nos períodos de folga e isso nos traz um alívio enorme: ainda há gente que acha que ler é gostoso e não um fardo!Mas toda obra é aberta e permite N reflexões a respeito dela ou até mesmo ser lida e nada mais.O que gostaríamos de ver acontecer , principalmente na escola, é a partilha, a comunicação das ideias e das emoções que tal obra ou artigo suscitou. Por mais teórica que seja, toda leitura envolve razão e emoção, a percentagem de cada uma depende da sensibilidade de quem lê.
Paulo Freire usa uma linguagem poética e política ao mesmo tempo no seu Pedagogia da Autonomia - Saberes necessários à Prática Educativa. Essa é uma leitura inquietante que deve fazer parte de nosso acervo, pricipalmente se decidirmos optar por uma escola transformadora e aprendente em 2010.Porque , segundo o mestre, ensinar exige:
rigorosidade metódica;
pesquisa;
respeito aos saberes dos alunos;
criticidade;
ética e estética;
corporeificação da palavra pelo exemplo;
risco, aceitação do novo e rejeição da discriminação;
reflexão crítica sobre a prática;
reconhecimetno e assunção da identidade cultural;
respeito à autonomia do educando;
bom senso;
humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos do educando;
apreensão da realidade;
alegria e esperança;
convicção de que mudança é possível;
curiosidade;
segurança, competência e generosidade;
comprometimento;
compreensão de que a educação é uma forma de intervenção no mundo;
liberdade e autoridade;
tomada consciente de decisões;
saber escutar;
reconhecer que a educação é ideológica;
disponibilidade para o diálogo e
querer bem aos educandos.
Como isso será interpretado não depende de mim ou dos professores de língua portugesa. Mais uma vez, vai depender da sensibilidade de quem lê e da perseverança, ousadia e crença na educação que nós podemos oferecer aos nossos alunos.

Um comentário:

  1. Vera, precisamos tb encontrar o belo naquilo que fazemos. Nossa como Paulo Freire é fantástico.
    bjs

    ResponderExcluir